quinta-feira, 4 de agosto de 2011

apelo (desesperado, desiludido e brega)

Essa carta é a prova do quão covarde eu sou, mas mostra ainda que existe algo de intenso aqui dentro: uma parte de mim que necessita de um rumo, de uma enxurrada de lágrimas e de um rabisco que acabe com tudo. Se eu tivesse coragem, falaria. Se eu fosse prática, sumiria da sua vida. Não sou.

Ontem a noite eu te olhava enquanto você dormia e então pensei: isso é bastante grave. Eu não sei se o que acontece entre nós dois permite esse tipo de reação, mas está me acontecendo e eu não pude evitar. Senti, ontem a noite, medo de perder o controle da situação. Mas quando se tem medo de perder o controle da situação é porque já não se tem mais controle algum, não é?

Então, saiba: eu estou saindo da sua vida, mas faço questão de me despedir. É meu jeito de te dizer que você teve uma importância grave o suficiente para me fazer sentir medo. Essa carta é ainda a prova de que minha maior angústia são os sentimentos que ficam guardados. E de te dizer assim, calada, orgulhosa, desesperada, desamparada, que se há algo em você que possa mudar isso tudo, por favor: faça logo.


(Eu ontem comentei com um amigo: 'não canso de ler a carta para Karen' e ele disse 'faça a sua'. Pois.)

Um comentário:

Thiago disse...

Carol, lembra deu? Paschoalotto times... sentava de costas com vc e fazia fisica na unesp. Vc nao vai acreditar como te achei aqui... lingerie day! Não acreditei qdo vi, mas adorei! Linda sua foto ;) E que textos são esses?! Sinto cada uma das palavras que escreves e combinas! Deliciosamente apaixonante de se ler! Te add no facebook. Vamos sair um dia desses tomar uma cerveja e conversar sobre o tempo de np e as coisas da vida.
Bjo, se cuida.

Thiago Moura Lima